terça-feira, 29 de março de 2011

CONCORRÊNCIA BURRA




Sabemos que a Rede Globo em matéria de televisão não tem concorrência, pois suas colegas de mercado ainda têm muito a aprender no que diz respeito à qualidade e excelência. Se formos fazer um comparativo no campo das novelas, onde todo mundo assiste, e, também pelo nosso reconhecimento lá fora, vamos notar que a diferença é gritante, em todos os itens que compõem o folhetim televisivo brasileiro, como: suas locações, seus cenários, o guarda-roupa e até os próprios atores, fazem a diferença entre ela e a concorrência.

Um exemplo disso é a Rede Record que há anos aproveita o elenco Global dispensado, como chamariz das suas novelas, e, pra mim, ainda não surtiu efeito nenhum. Pela atual novela “Ribeirão do tempo” da emissora, que tem a Solange Couto ex-atriz global que faz a personagem Sancha e que na Rede Globo fez a personagem Dona jura na novela “O clone” reprisada em “Vale apenas ver de novo”, não produz o mesmo efeito, mesmo tendo conseguido popularidade entre os noveleiros globais.

Por mais que se tente fazer a diferença a Globo é imbatível. Nenhuma televisão investe tanto quando ela nas suas novelas. Se bem que a novela “Pantanal” (já preterida anteriormente pela Globo) da Rede manchete fez sombra e tirou alguns percentuais de audiência. Estratégia global: retirou da emissora o autor Benedito Ruy Barbosa e o diretor Jayme Monjardim e providenciou uma novela de grande sucesso no horário nobre, a “Terra Nostra” aproveitando a química da dupla de autor e diretor de novelas.

Mas como vencê-la? Acredito ser um grande equívoco tentar acompanhá-la utilizando das mesmas estratégias, tipo: tentar emplacar um sucesso ou um campeão de audiência, naquilo que ela tem de melhor: As novelas. Acho que o grande mote é partir por caminho totalmente diferente, esquecer que ela é líder de público e buscar o diferencial partindo para a novidade.

Outro exemplo, só pra citar a Record novamente, foi a transmissão dos jogos de inverno (Olimpíadas de Vancouver, 2010) pela emissora que beliscou alguns números de audiência e deixou as tardes globais reduzida no ibope, digo as suas novelas – repassada no início da tarde e a sessão da tarde com filmes “água com açúcar” ou insosso, como se os telespectadores fossem massa de manobra. Grande engano... As pessoas querem entretenimento de qualidade e não repetição pela goela abaixo!

Há muito tempo que a programação da Globo não satisfaz muita gente e por isso, a TV a cabo está presente em bom número de casas, presente nas famílias que já se cansaram da mesmice.

Na minha opinião, a concorrência não obrigada a seguir os passos da líder de audiência, mesmo porque é um erro fatal insistir naquilo em que a concorrente saber fazer de melhor. Um Big Brother não pode servir de exemplo a seguir de maneira nenhuma, sob a responsabilidade de piorar o intelecto coletivo. O que ganhamos em espiar e telefonar para decidir a vida de recluso alheia? Culturalmente nada! A não ser reconhecer que com essa concorrência burra, a Rede Globo manipula a programação televisiva como um todo, um “efeito dominó” em todas emissoras brasileiras. A Rede Record tem a tal da “A Fazenda”, o SBT tem o programa “Solitários”. Ou seja, tanto a Record como o SBT contribuem para a falta de opção na grade de programação na televisão brasileira.

Aconselho as pessoas que fazem a programação das emissoras que correm para fazer o diferencial perante a Rede Globo, não ter medo de fazer diferente, de mostrar coisas novas, de dar alternativa ao telespectador que vive a buscar uma linguagem televisiva que não fique somente restrita a emissora do Roberto Marinho ou quando nada, a programação clonada das outras emissoras. Já chega, reajam!!!

Esqueçam a Rede Globo e procurem fazer sua programação bem original e verão que os resultados serão bem vistos, e quanto à concorrência burra, passará ser feita de maneira inteligente e correta a ponto de surpreender a “toda poderosa” com a nova maneira de dividir o mercado brasileiro da Comunicação.

Os telespectadores da TV aberta agradecem!

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